A vizinha do Sheldon provavelmente agradeceu aos céus nossa saída. Não contei pro nosso anfitrião, mas a sua vizinha chata reclamou comigo por causa do barulho da minha moto, que supostamente acordou o filho doente recém-nascido (de fato, atrapalhou sua novela por 10 segundos). Melhoras pro menino adoecido então.
A BR-101 de Floripa para Porto Alegre está em obras. Em alguns momentos o trânsito chega a ser interrompido por horas. Mais um incentivo para chegar a capital gaúcha passando pela serra. Portanto, seguimos para Lages/SC, Caxias do Sul/RS e finalmente Gramado/RS, sem pernoites.
A serra catarinense é de se respeitar. Um visual muito bonito e estradas relativamente boas. Algumas irregularidades no asfalto, mas nenhum buraco que possa danificar o veículo. A grande vantagem foi o pouco trânsito.
Pouco depois de Lages chegamos na divisa pela BR-116. A parte gaúcha da rodovia é pedagiada. Felizmente motos não pagam... A surpresa foi as condições da estrada: ruins em comparação com as outras estradas pedagiadas que passamos pelo Brasil, mas ainda assim é um bom asfalto.
Em Caxias do Sul, quase chegando em Nova Petrópolis, a rodovia se mistura com as ruas da cidade, que estão em obras. Por causa da ruim sinalização no trecho administrado pela prefeitura local, perdemos alguns minutos até retomar o caminho na 116.
Quando chegamos em Nova Petrópolis, já comecei a me sentir na Europa, mais especificamente na Alemanha (o Jonas ia se sentir em casa). A arquitetura local é toda no estilo colonial alemão. Já deu pra ter uma noção dos encantos que nos aguardavam em Gramado. Uma pena não termos tirado fotos de Nova Petrópolis... mas não é muito diferente de Gramado.
Até Gramado, mais pedágios em uma rodovia estadual, novamente motos são isentas. Calculo que se estivéssemos em um carro, teríamos gastado de Floripa para Gramado cerca de R$25,00 de pedágio.