Chegamos à Porto Velho em uma terça-feira e passamos o dia andando pela cidade procurando um filtro de ar para Shadow VT600, o que é cada vez mais difícil de encontrar, pois as autorizadas só têm em estoque peças do modelo mais novo. Nossa última esperança foi a oficina do John, especializado em motos de grande porte. Quatro Km andados depois e descobrimos que a oficina está fechada até fevereiro. Provavelmente o John também resolveu dar suas voltas de moto por aí. Ao menos deu para conhecer um pouco da cidade... andar à pé também é uma ótima maneira de se conhecer um lugar.

Porto Velho é uma cidade muito organizada, vendo pelo mapa, nota-se que grande parte da cidade foi planejada. As ruas são bem largas e as praças bem cuidadas. No centro da cidade visitamos a praça com o busto do Marechal Cândido Rondon, cujo o nome deu origem ao nome do estado. Vimos também as caixas d'água que estampam a bandeira da cidade. Infelizmente a estação de ferro Madeira-Mamoré estava fechada para reforma, tal qual o centro cultural.

Voltando para o hotel, fomos contactados pela Maristela, motociclista que mora em Rio Branco do motoclube Tribo Kaiacós. Venho me comunicando com ela desde Manaus para obter informações sobre estradas da região, uma vez que um dos roteiros estudados era de contornar a floresta Amazônica pela Venezuela e Peru, entrando no Brasil pelo Acre (acabamos desistindo da idéia porque as motos não eram adequadas ao trajeto). A Maristela foi muito prestativa e também nos ajudou com um apoio em Porto Velho: um conhecido motociclista da região chamado José Carlos Chaddad.

Chaddad, colunista do site www.mtbastos.com.br, foi ao nosso encontro no hotel em que estávamos hospedados (ao lado da rodoviária, pra variar). Ele nos passou informações valiosas sobre estradas do nosso plano de viagem e indicou algumas correções no percurso. Um fato curioso sobre o Chaddad é que ele faz parte de um motoclube de um integrante que leva o seu nome, cujo o lema é “Grupo de Um”. Um figura gente boníssima.

Saímos de Porto Velho no dia seguinte, um pouco tarde devido ao tempo de desembarque das motos (entre outras enrolações), com o objetivo de rodar até onde desse. Ao passar por Ariquemes, uma tempestade daquelas que parece que o mundo vai acabar cai sobre nossas cabeças. Hora de testar as nossas vestimentas recém-adquiridas ditas como impermeáveis, em condições extremas. A forte chuva se aliou ao fato da estrada estar um pouco esburacada, o intenso tráfego de caminhões, a noite caindo... demos meia-volta e pousamos em Ariquemes mesmo. Meio pesado para o primeiro trecho, melhor conter o ímpeto aventureiro por ora.

Os equipamentos impermeáveis? Improvisamos um varal no quarto do hotel para secar, pois estavam encharcados. A única coisa que funcionou foi o pé direito da minha bota e a boa e velha jaqueta de couro.

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