Após o meu "capote" (sadicamente documentado pelo Milton), eu estava louco para ver se as Sete Cidades valia o sofrimento.
O parque é um sítio arqueológico, não muito estudado pelos arqueólogos, mas muito bem preservado. Tem este nome por ter basicamente sete pontos principais, onde foram encontrados o maior número de pinturas rupestres nas pedras e indícios da presença do homem pré-histórico, como pontas de lanças.
Fizemos o translado do hotel até o centro de visitantes (onde se contrata o guia) à pé (1 Km). É obrigatório a contratação de um guia para a visitação do parque. Isso é muito bom porque além do guia lhe passar informações sobre as atrações, ele cuida para que os turistas mal-educados não estraguem o parque.
Para conhecer todas as cidades, você pode optar por ir à pé (loucura), de bicicleta ou de carro. Preferimos alugar uma bicicleta (R$2/h). De bicicleta, o guia cobra R$20 para nos mostrar todas as cidades.
Após pegar as bikes, seguimos rumo a primeira cidade para conhecer a Pedra da Tartaruga (nomeada assim por se assemelhar a um casco de quelônio), em seguida conhecemos a Pedra do Elefante e o Arco do Triunfo. O Arco do Trinfo também é chamado de Arco dos Desejos. Diz a lenda que quando se passa por debaixo dele pela primeira vez, pode-se fazer um pedido. Desejei que asfaltassem a estrada da entrada do parque até o centro de visitantes.
Seguindo pedalando, conhecemos a Pedra do Americano e uma árvore queimada. Duas curiosidades: olhando com cuidado, verá que há uma pintura rupestre de uma mão com 6 dedos. Todas as outras mãos carimbadas nas pedras possuem 5 dedos. Talvez se tratasse de um ancestral da Daniela Cicarelli. A árvore queimada era uma árvore muito antiga que morreu no último dos 2 grandes incêndios que quase destruíram o parque. Hoje existe uma brigada contra incêndios florestais de plantão no parque.
Pedras e mais pedras depois... fotos e mais fotos... Destaque para o mirante, ponto mais alto do parque, de onde se consegue ver todas as cidades. Este mirante é utilizado diariamente pelos funcionários do IBAMA a procura de focos de incêndio.
Terminado os 12 Km de bicicleta e aproximadamente 3 horas e meia pedalando, chegamos novamente ao centro de visitantes. Não precisa nem dizer o estado. Sedentarismo é um mal que assombra os profissionais de informática.
O passeio é nota 10: parque limpo, guias bem preparados, boa infraestrutura e é claro, a beleza natural que é de cair o queixo. Recomendo a todos visitarem o parque e aos motociclistas, um cuidado extra na estrada de piçarra.
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