Sem orientação segura, o negócio foi pegar a 101 até chegar na linha verde, uns 60km após Aracaju, após Estância/SE. No trevo pra pegar a linha verde lixei o peito de aço da minha moto numa lombada formada pela deformação do asfalto da BR, chegou a desengrenar a marcha.
Apesar do mal-início, a passagem pela estrada foi extremamente agradável. O pavimento estava muito bom, alguns trechos tinham três faixas, o acostamento era bem amplo e o tráfego pequeno. As várias curvas do percurso não deixavam a viagem ficar cansativa. A paisagem era um show a parte, com vegetação passando de coquerais a pinheiros e mata atlântica, com bois e cavalinhos no meio pra enfeitar.
Com tempo de sobra pra chegar em Salvador, paramos na Costa do Sauípe
pra tentar conhecer o lugar. Só tentar mesmo, já que cobravam 50 pila
pra passar da recepção. Nem podia ir de moto, tinha que pegar o
micro-ônibus. Tomamos o rumo em direção a saída pra continuar a viagem.
Frustados pela dificuldade em conhecer o reduto da nata social, o
negócio foi visitar rapidamente a Praia do Forte. O acesso é
paralelepípedo, porém plenamente trafegável. Lá passeamos pelo museu da
baleia jubarte, tirando fotos com a ossada de baleia e placas
informativas. Dois refrigerantes e umas respiradas profundas depois,
recuperamos a animação pra encarar o sol escaldante e completar o
pedacinho de viagem que restava.
Mais pra frente a rodovia passa a se chamar Estrada do Côco e é pedagiada. O trecho inteiro estava tão bem cuidado que nem nos importamos em pagar os R$ 2,20 cobrados pra moto.
Nossa estadia em Salvador não foi em Salvador, hehehe. Ficamos em Lauro de Freitas/BA, na casa dos pais do Eduardo, que já estava a um dia com o Jonas nos esperando. Após uma saudosa comidinha caseira de primeira, saímos pra visitar alguns pontos turísticos da capital baiana.
Salvador é gigantesca. Assusta mesmo o tanto que se anda pra conseguir chegar nos lugares, sem falar nas colossais fundações do metrô elevado que está sendo construído, parece coisa de filme futurístico.
Rumamos para o pelourinho, pra conhecer as praças principais e algumas igrejas. Aliás, o que não falta na cidade é igreja, uma mais antiga que a outra, com muita história pra contar. Na região do pelourinho, as construções são apertadas umas as outras, formando becos onde só se passa a pé. Todos os prédios antigos abandonados abrigam mendigos e carentes, portanto não fique de bobeira nesses cantos, principalmente a noite e desacompanhado.
Claro que visitamos o famoso Elevador Lacerda, que cobra cincão no transporte por pessoa. Cinco centavos, é claro.
Na volta pra casa, evitamos o engarrafamento causado pelo Festival de
Verão. O bicho pegou nessa festa,
pena não termos tido tempo pra aproveitá-la melhor.
Não posso terminar esse post sem agradecer ao Eduardo e sua família, que
nos acolheram com muito requinte e descontração em sua casa. O
paranaense e o mineiro aqui agradecem! Contem com a gente quando
precisarem de alguma assistência em nossas terras.
Sexta-feira, dia 26 é dia de ver até onde chegamos com nossas máquinas. A idéia é tentar fazer mais de mil quilômetros pra chegar em Governador Valadares/MG. Julgando pelo horário dessa postagem, a chance de ficarmos em Vitória da Conquista/BA é grande :-P
Até breve!