7hs da manhã, olhos atentos nas placas que indicam o sentido pro aeroporto de São Luis, orientação segura pra encontrar a entrada da BR-135, início da nossa viagem até Teresina.
Já mencionei que um tanque de 11 litros pra uma moto estradeira é uma vergonha? Pois então, que fique aqui registrado. Nosso regime de rodagem combinado é abastecer antes da metade da autonomia do tanque, o que, numa velocidade média de 80km/h e fazendo uns 25km/l, dá uma abastecida a cada 130 km. A primeira delas foi num posto de beira de estrada, uns 30km após sair de São Luis.
A viagem pela BR-135 foi um passeio, apesar de não ser duplicada. Asfalto bom, pouquíssimo tráfego, quase sem curvas e com uma paisagem de cinema. De um lado uma linha de transmissão de eletricidade acompanhando, do outro uma ferrovia e entre eles uma vegetação rasteira e algumas casinhas de barro de vez em quando.
Seguimos tranqüilos até São Mateus do Maranhão, onde rolou um café da manhã e reabastecimento num posto ajeitadinho antes da cidade. Dali até o fim da estrada era só um pulo.
Já na BR-316 a coisa muda um pouco de figura. De início percebe-se que o asfalto está mais acabado, extremamente fino e quebradiço em alguns pontos. Mas nada preocupante demais, só exigiu bastante atenção após o km 450, onde o recapamento acabava e apareciam trechos com buracos rasos e compridos, em alguns pedaços era melhor trafegar pelo acostamento do que pela via normal.
Fizemos um pequeno desvio até Codó pra almoçarmos. A estrada que dá acesso estava bem melhor e a paisagem também, com alguns morros e bastante árvores.
Apesar do agradável clima de interior que a cidade inspirava, não era tão pequena. Logo na entrada uma fábrica enorme antes de uma concessionária da Yamaha (também grandona) anunciavam o porte da comunidade. Muitas motos pelas ruas, tivemos que rodar bastante até encontrarmos uma lugar pra almoçar. Um pouco pela fome e mais um tanto pela irritação com o sol escaldante, acabamos não tirando foto alguma do local, aguardem pelas fotos do nosso colega Jonas.
Após uma longa pausa torcendo pro sol baixar, desistimos de esperar e voltamos a estrada principal. Pra piorar um pouco, o tráfego de caminhões aumentou bastante conforme nos aproximamos da fábrica da Schincariol (acho que era perto de Caxias) e os trechos com estrada descapada eram mais frequentes. Um pouco após a fábrica fizemos uma última parada pra lanchar e reabastecer as motos.
Apesar desses contratempos, chegamos numa boa até a fronteira entre os estados, passando de Timon. Creio que valem os avisos de atenção, pois o Eduardo conseguiu estourar dois pneus de seu carro fazendo este mesmo trajeto no mesmo dia. Agora é só encontrar um lugar pra passar a noite e aproveitar Teresina até a próxima saída.