Até agora, em todos os lugares que fomos, éramos os mais mulambentos do recinto. Não dá pra carregar muita coisa na mochila e as roupas estão sempre amarrotadas. O uniforme padrão nas baladas é sempre uma bermuda, regata preferencialmente de nylon ou poliester (fácil de lavar) e chinelão. Lembro de um restaurante mexicano que fomos em Teresina e todos estavam trajando sport fino e os malacos aqui com o uniforme (Danilo já comentou isso). Era comum em shoppings os seguranças falarem algo no rádio ao passarmos por perto...
Em GV vivemos nosso dia de rei. Mesmo mal arrumados, ficamos em uma área V.I.P. da boate bebendo um Red Label infinito. A garrafa acabava e magicamente aparecia cheia. Tudo isso graças a uma promessa feita por Moacyr e Léo (nossos anfitriões em GV) em Parintins - AM.
O resultado disso foi acordarmos tarde para pegar estrada. Conseguimos estar em condições de dirigir por volta de 13h. Sabíamos que íamos chegar tarde em Pará de Minas, mas eu estava louco para rever minha família e amigos.
A estrada de GV para Ipatinga não estava muito boa, a de Ipatinga para BH pior ainda. A conservação do trecho deixava a desejar, muitas curvas fechadas e caminhões, muitos caminhões. Como se não bastasse, pegamos um baita de um engarrafamento em Santa Luzia, entrada de BH. Era a mineirada voltando do interior e das praias do Espírito Santo. :)
O dia escurecendo e eu morrendo de vontade de chegar na terrinha! Psicologicamente foi o trecho de estrada mais longo que peguei. Milagrosamente, a estrada Belo Horizonte - Pará de Minas, famosa por seus buracos (o casal de motociclistas mineiros que conhecemos em Olinda - PE me contaram que quase morreram neste trecho), estava um tapete. Totalmente reformada!
Chegando na cidade, já a noite, fui direto para o Bar do Geraldinho, ponto de encontro dos amigos. Para minha surpresa, vários amigos nos aguardavam. Quando cheguei, a galera começou a gritar e o coração bateu forte. Saí da moto tremendo. Mal conseguia tirar o capacete e as luvas. Com certeza pra mim foi um dos momentos mais emocionantes da viagem. Depois transferimos a festa para minha casa, onde revi meus pais e familiares. Agora, vamos "enrolar" em Minas até a festa de formatura da minha irmã. Enrolar entenda-se conhecer as cidades históricas, Belo Horizonte e rever meus amigos nas cidades do interior.