Na manhã seguinte do maior trecho de nossa viagem, corremos para nossa pátria amada como soldados respondendo a um grito de guerra. Não imaginam a emoção de pisar em um solo menos hostil e passar a saber que qualquer dinheiro gasto em propina seria usado em benefício de compatriotas a partir de então. ;-)

Encontramos o hostel local. O clima em Foz de Iguaçu é bem quente e úmido, portanto a galera passava muito tempo nas áreas comuns mais ventiladas e na piscina. Conhecemos muita gente bacana por lá, com destaque pra um australiano que parecia querer beber o mundo e Daigo Ikeda, japonês que nos explicou a diferença entre o sushi oriental e o brasileiro. Detalhe interessante é que ele falava pouquíssimo português, no entanto se esforçava como um vestibulando desesperado a aprender o idioma o mais rápido possível.

Voltamos ao lado argentino pra visitar as cataratas. O parque é muito bonito, tem um pequeno trem que leva os turistas até as passarelas, que dão na boca das quedas. A visão do lado brasileiro e daquele tanto de água caindo é algo digno de ser colocado na lista de coisas a fazer antes de morrer.

No segundo dia aproveitamos pra visitar a maior usina hidrelétrica do mundo. A infraestrutura para visitação é bem organizado, com ônibus, filmes informativos e guias para acompanhar. Sugiro informar-se sobre as visitas técnicas, que levam até dentro das instalações, além do roteiro básico. Depois de ficar impressionados com a grandiosidade da obra feito pelo homem paramos para contemplar um templo budista no caminho. Infelizmente não encontramos um monge sequer, mas valeu pela beleza e diversidade do lugar.

Antes de abandonar o berço das cataratas, fizemos mais um passeio turístico pra apreciar o marco das três fronteiras. É, basicamente, a esquina entre Brasil, Argentina e Paraguai, também conhecido por conotações parecidas com "buraco do mundo" e "antro da podridão" (tradução livre) pelos estadounidenses, mas eles que se expliquem com essa estória. Após algumas fotos caímos na estrada rumo a Londrina.

Duas constantes nas estradas foram os pedágios e as fazendas. O oeste do Paraná é realmente um grande celeiro e isso torna um pouco monótono a viagem de quem gosta de apreciar a paisagem. Tudo tranquilo passando por Medianeira e Cascavel, deixamos para parar somente em Maringá, terra natal de nossa amiga Daniela Manchinni. Realmente um lugar muito bonito e organizado, com destaque para a igreja central.

Tomamos coragem e resolvemos fechar o trecho para Londrina ainda no mesmo dia. Aposta acertada por pouco, já que começava a escurecer logo na entrada da cidade. Num posto de gasolina, presenciamos uma imbecilidade de um roda-dura, que conseguiu bater o carro num poste "estacionado" logo atrás dele. Lembrete pra atentar ainda mais pro comportamento alheio no trânsito local. No cansaço do fim de dia, acabamos escolhendo um hotel próximo a rodoviária, que não era lá essas coisas, no entanto tinha garagem e camas suficientes pra descansarmos.

Exibir mapa ampliado



comments powered by Disqus