Começava o fim de nossa viagem em conjunto. A partir desse dia cada um seguiria para o seu lado. Ninguém chorou na despedida, não se preocupem. Até porque ficou bem claro que ainda haveriam mais oportunidades como essa.

Enquanto o Thiago seguia direto para a casa dos pais em Pará de Minas, resolvi visitar meus parentes de grande estima no interior do Paraná, mais precisamente em São Jerônimo da Serra, terra natal de minha mãe. Lá encontraria minha prima Glorimari e seu marido, o Munir, ademais de várias tias que ainda estão por lá.

Quase virei sócio do pedágio, no entanto o trecho concessionado rendeu demais, num pulo já estava passando por Cornélio Procópio. E pulo foi o que deu um sorveteiro quando raspei minha moto em seu carrinho enquanto ele atravessava a rodovia de maneira irresponsável. Parei a moto pra perguntar se estava tudo bem e logo entendi a razão do acidente. O picolezeiro, um senhor já calejado pela idade, enxergava tão bem quanto uma toupeira. Tentei convencê-lo a procurar ajuda para sua vista, mas não creio que o recado permaneceu após minha saída.

Decidi quebrar a esquerda para usar a PR-090 como atalho até meu destino. Esse caminho, apesar de secundário, estava muito bom. O único detalhe incômodo foi o barro que levantava em forma de poeira durante alguns pontos, deixando minha roupa e moto bem sujas. Mas do mesmo jeito que quem sai na chuva é pra se molhar, quem visita o norte do Paraná é pra ficar com o pé vermelho! Além disso, o "cheiro" dessa terra traz boas lembranças pra quem conhece o lugar. Esse era meu caso, confesso.

Reunindo-me com meus familiares aproveitei de uma hospitalidade que não recebia a algum tempo, condição excelente pra recuperar as energias antes de mais um último trecho.

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