Eu (Thiago) estou me metendo no post do Milton aqui para descrever como foi o final da minha viagem. Após me despedir do meu amigo e irmão de estrada, segui rumo à casa de meus pais no Centro-Oeste de Minas Gerais.

Logo na divisa entre São Paulo e Minas, o câmbio da minha moto começa a me desafiar. Cada mudança de marcha se tornara cada vez mais difícil até o momento que o câmbio literalmente travou na segunda marcha. Dos males o menor... a segunda marcha é forte o suficiente para arrancar a moto e consegue desenvolver até uns 50 Km/h, o que eu fiz por 70 Km até chegar em Passos, onde fui procurar uma oficina da Honda.

Pensei ter quebrado a caixa de marcha, o que me deixaria duas opções: completar os 400 e poucos quilometros restantes de segunda, chegando em Pará de Minas 4h da madrugada, mas como um herói (assim como o Airton Senna ganhou uma corrida uma vez com o câmbio quebrado) ou colocar a moto num reboque e chegar frustado em casa, além de ter que escutar piadas dos meus amigos como...

  • Ah! Essa viagem foi uma farsa! Aposto que andava de ônibus e pagava o reboque em cada trecho!

Eu definitivamente estava disposto a ir na moto, mesmo que isto me custasse o motor da mesma. Minha honra estava em jogo. Felizmente, o problema era um acessório usado para passar marcha com o calcanhar que enferrujou e travou o pedal de mudança. Feito o reparo (descartando a peça) em Passos, segui viagem passando por Capitólio, Divinópolis, Itaúna e finalmente, Pará de Minas. O trecho me custou apenas a gasolina, pois na data em questão, ainda não havia pedágio. A estrada é boa e já a conhecia bem, pois morei por 4 anos em Divinópolis.

Chegando em casa, bebedeira com amigos e parentes durante todo o final de semana que tinha pela frente. Causos e causos foram contados, aumentados e recontados. Fica para trás fotos e a lembrança do que até então, foi a coisa mais marcante que fiz em minha vida.



comments powered by Disqus